quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Interferência editorial: o vilão mais terrível das hqs


Os fãs do Homem-Aranha que se preparem: o personagem passará por uma mudança polêmica. Quem acompanhou as notícias que têm circulado nos últimos meses sabe do que se trata: a saga One More Day, atualmente em publicação nos EUA. O texto a seguir contém SPOILERS e pode estragar surpresas.

Na história em 4 partes (das quais 3 já foram publicadas), Peter Parker precisa escolher entre a vida de sua tia May e as memórias de seu casamento com Mary Jane. Isso porque a velha foi baleada e os médicos não conseguem salvá-la.

Então Mefisto, o Senhor do Inferno no Universo Marvel, propõe o pacto. Ele salvaria May, mas Peter esqueceria de Mary Jane. Uma pequena parte do herói, contudo, lembraria que ele perdeu algo. Para Mefisto, a recompensa seria assistir o Aranha sofrer sem saber por que. Isso mesmo. Num mundo onde a ciência é avançadíssima, só um pacto com o diabo pode salvar a vida de uma idosa.

A história sem pé nem cabeça foi a forma encontrada pelo editor-chefe da Marvel Comics, Joe Quesada, para realizar uma vontade antiga: acabar com o casamento do Homem-Aranha. O manda-chuva da editora sempre declarou que o matrimônio “amarrava” o personagem. O herói solteiro ofereceria maior “liberdade criativa”.

Para os leitores, isso não tem o menor fundamento. Boas histórias dependem apenas do talento dos criadores, não do estado-civil dos personagens. A única coisa que não poderia ser feita com ele casado é um Peter Parker mulherengo, o que nunca foi característica dele.

Segundo Quesada, o divórcio seria ainda pior que o casamento. Outro agravante é que Mary Jane é adorada pela maioria dos leitores, sua morte seria muito mal recebida. Deixá-la viva seria então uma espécie de “seguro”: caso a mudança não agrade (o que fatalmente acontecerá), tudo voltaria a ser como antes, literalmente num passe de mágica.

O escritor da saga, J. M. Straczynski, declarou que não concorda com o final, e só não pediu para seu nome ser retirado dos créditos por profissionalismo. Não resta dúvida de que One More Day foi feita sob encomenda de Joe Quesada, que é também o desenhista da hq.

Meses antes da publicação, já circulavam boatos sobre One More Day que agora parecem se concretizar. A menos que na última parte haja uma virada, o que parece improvável. Para os leitores, o consolo é saber que nos quadrinhos nada é eterno, e a palavra Fim nunca significa que acabou.

Jackson Good

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Medo...


Cada vez mais a preocupação toma conta dos fãs de Dragon Ball Z. Há alguns anos, quando foi noticiada a intenção de que um live-action da série fosse produzido, muitos receberam a notícia com empolgação, já outros com certo ceticismo. E agora, no fim de 2007, a adaptação foi oficialmente confirmada.
Quem leva os guerreiros Z às telas e com atores de carne e osso é a 20th Century Fox – confirmando o que no início era boato. A cada dia surgem mais novidades, e não são muito animadoras. Primeiramente com a divulgação da chamada de casting. Ali, a descrição dos personagens dizia que Goku “não é considerado popular na escola, mas é um talentoso lutador de artes marciais”. Dizia ainda que Son Gohan, avô de Goku, foi morto por “Lord Piccolo”. A partir daí os fãs da série já começaram a sentir a diferença...
A divulgação dos contratados para o elenco só preocupou ainda mais. Goku, o herói –saiyajin, será vivido por Justin Chatwin (que interpretou o filho de Tom Cruise em Guerra dos Mundos), causando reclamação de muitos. Outro ator confirmado é James Marsters como Piccolo, além da sino-americana Jamie Chung, como a namorada/esposa de Goku, Chi Chi. Além deles, especula-se a escalação de James Kyson Lee (Yamcha) e da mexicana Camila Sodi (Bulma).
Tudo o que resta agora é esperar. E pedir muito à Kami Sama que o estrago não seja muito grande...


Camilla Lunas

"Ety"

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Cosplay na Band

*matéria originalmente postada em www.radioblast.com.br


Terça-feira que vem, dia 27 de novembro, a edição do A Grande Chance é especial para os fãs de cultura japonesa. Uma das equipes participantes do programa será formada por cosplayers. E esta não é a primeira vez que isso acontece. A TV Band só está repetindo o acontecido há alguns meses atrás e, certamente, lhe trouxe uma audiência considerável.


As outras equipes participantes dessa edição do programa serão:

- Harry Potter: Devido ao sucesso da série, a emissora gostou da idéia de uma platéia repleta de alunos e professores de Hogwarts.

- Star Wars: Uma platéia cheia de Jedis, Stormtroopers, rebeldes, e outros personagens do rico mundo de Star Wars criado por George Lucas.

- Marvel e DC: A quarta platéia deverá ser composta de heróis e vilões da Marvel e da DC Comics.


Essa idéia fascinou os produtores do programa, provavelmente devido ao sucesso da aparição de personagens como o Fera, Arqueiro Verde e Gambit no último programa.Além disso, cada uma das platéias não apenas participará das provas, como também terá um tempo do programa para uma performance no palco, bem ao estilo das apresentações de cosplays dos eventos.As gravações aconteceram no dia 17 de novembro, às 9:00 da manhã. Como mencionado anteriormente, o programa só vai ao ar no dia 27.


Serviço:A Grande ChanceEmissora: Band
Data: 27/11 (terça-feira)Horário: 22:15 até 00:15 (aproximado)

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Cinema 2008 - tecnologia, força bruta, um palhaço insano...


Nos últimos tempos, os filmes mais esperados de cada ano têm sido os de super-heróis. O histórico dos personagens em outras mídias, em especial nos quadrinhos, cria grandes expectativas para as adaptações. Ano que vem, a disputa nas bilheterias será entre uma continuação, uma estréia e um recomeço.

O primeiro a chegar às telas é o estreante. Homem de Ferro, dirigido por Jon Favreau e estrelado por Robert Downey Jr, pinta nos cinemas no dia 2 de maio. Na trama, Tony Stark é um playboy bilionário e genial inventor de armas, que é seqüestrado numa visita ao Oriente Médio. Forçado a construir uma arma devastadora, Tony usa então seu intelecto para fazer uma armadura a partir de sucata, e escapa do cativeiro. Mais tarde, descobre um plano maligno e jura proteger o mundo com uma versão muito mais avançada da armadura. Veja o trailer. O personagem surgiu em 1963 e é uma criação de Stan Lee, Jack Kirby, Don Heck e Larry Lieber.

Dia 13 de junho estréia The Incredible Hulk (ainda não foi divulgado o título em português). A abordagem psicológica do diretor Ang Lee no filme de 2003 não agradou, então muda tudo nesta nova produção. A ordem é botar pra quebrar, literalmente. Louis Leterrier, responsável por Carga Explosiva e Cão de Briga, já mostrou que sabe dirigir um filme de ação. Edward Norton assume o papel que foi de Eric Bana e também assina o roteiro. Na história, o cientista Bruce Banner foge do Exército enquanto busca uma cura para o seu “probleminha” quando fica nervoso. No momento, estão sendo filmadas cenas numa favela carioca. Detalhes aqui. O Hulk foi criado por Stan Lee e Jack Kirby em 1962.

Por fim, dia 18 de julho estréia Batman - O Cavaleiro das Trevas, continuação de Batman Begins (2005). Depois dos carnavalescos filmes de Tim Burton e Joel Schumacher, os fãs finalmente puderam ver no cinema o verdadeiro Homem-Morcego. O diretor Christopher Nolan e o astro Christian Bale souberam captar o espírito sombrio e atormentado do personagem, criado por Bob Kane em 1939. Agora, o herói vai encarar seu maior inimigo. Ele mesmo, o Coringa, que será interpretado por Heath Ledger. Confira um teaser.

Mas os três super-heróis que se cuidem, pois correndo por fora estão dois concorrentes de respeito. Dia 22 de maio é o retorno de um ícone sagrado do cinema de aventura. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é o quarto filme do arqueólogo vivido por Harrison Ford. E ele está de volta, assim como o diretor Steven Spielberg e o produtor George Lucas. Em 21 de novembro, estréia Harry Potter e o Enigma do Príncipe, sexto filme do bruxo que é sempre sucesso de bilheteria. Não vão faltar motivos para ir ao cinema em 2008...

Jackson Good
Imagens: Omelete

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Por trás da brutalidade de Dragon Ball Z


Definitivamente, Dragon Ball Z não é desenho para crianças. Elementos como batalhas intergalácticas com lutas impressionantes e violentas, cenas de nudez parcial e situações tensas comprovam isso. É um mundo onde não há limites para o poder, e cada personagem, à sua maneira, busca um jeito de ficar ainda mais forte.
Então, como é possível encontrar alguma moral em meio a esse cenário?
A resposta é bem simples. Son Goku, personagem central da trama, é extremamente ingênuo e puro. Como foi criado numa serra da China, não compreende plenamente o modo de o mundo funcionar. Suas ações são guiadas basicamente pelos seus sentimentos.
As batalhas com poderes incríveis que ocorrem aparentemente em defesa da Terra são, na verdade, a tentativa do herói-saiyajin de preservar sua família e amigos.
A união por um objetivo comum também é presente na série, sendo que várias vezes ocorrem demonstrações de respeito mútuo entre mocinhos e vilões – e alguns até passam para o “lado do bem”.
Os dois maiores exemplos para esta situação são Piccolo Daimao e Vegeta. O primeiro foi obrigado a juntar forças com Goku contra Raditz, irmão mais velho do protagonista. Depois da luta, Piccolo se encarrega de treinar o filho de Goku, Gohan, com quem passa a ter uma relação paternal. A partir daí, Piccolo sempre faz o que estiver ao seu alcance para defender o garoto, dando inclusive sua própria vida.
Vegeta, por sua vez, também foi forçado a se unir a Goku por um objetivo comum – as esferas do dragão de Nameku Sei. Só não contava que a parceria se estendesse por tanto tempo, nem que a inimizade virasse rivalidade, depois respeito, e, por último, amizade.
O anime prega, por fim, a união, o trabalho em equipe e a total doação pela família, amigos e pelos ideais.

Camilla Lunas
"Ety"
Fotos: *na ordem* - Mundo DBZ
Bird Studio - Divulgação

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Heroes - plágio ou coincidência ?




Pessoas comuns descobrem que têm poderes especiais e precisam decidir o que fazer com eles. O seriado Heroes trouxe para a Tv um tema típico das histórias em quadrinhos. O sucesso deu visibilidade à série, e com ela vieram acusações de plágio.

As semelhanças, sobretudo com X-Men e Watchmen, são mesmo grandes. Em defesa de Heroes, porém, é preciso lembrar que as hqs de super-heróis estão aí há décadas. Fica difícil mostrar algo inédito, principalmente poderes. O seriado deve ser visto como uma homenagem ao gênero, e valorizado por apresentá-lo a um público maior.

Mas quais serão essas semelhanças? A possível origem dos poderes é X-Men puro: mutação genética. E analisando os personagens de Heroes, é possível encontrar várias “contrapartes” nos quadrinhos:

Peter Petrelli: O enfermeiro copia outros poderes, como a Vampira dos X-Men. A diferença é que no caso dela é temporário. Peter pode reproduzi-los mais tarde, sendo assim mais próximo do vilão Mímico, também dos X-Men. Petrelli também lembra o Homem-Aranha, não pelos poderes, mas pelo nome (Peter Parker) e pela franja.

Hiro Nakamura: O preferido dos fãs pode se deslocar no tempo e espaço. Na hq Watchmen, o incrivelmente poderoso Dr Manhattan faz algo bem parecido. Além disso, Hiro viaja para cinco anos no futuro e encontra um mundo devastado, onde as pessoas com poderes são perseguidas. Exatamente como em Dias de um Futuro Esquecido, uma das melhores histórias dos X-Men.

Claire Bennet: A líder de torcida se recupera rapidamente de qualquer ferimento. Wolverine, o mais famoso dos X-Men, faz isso e ainda tem garras e esqueleto de metal.

Nikki Sanders: A striper tem dupla personalidade; a “outra”, Jéssica, é perigosa e tem uma força incrível. Mesmo não virando um monstro verde, a relação entre as duas lembra Bruce Banner/Hulk. A dualidade entre bem e mal na mesma pessoa também é característica do Duas-Caras, inimigo do Batman.

Nathan Petrelli: A capacidade de voar é recorrente nos quadrinhos: Superman, Mulher Maravilha, Thor, etc. Mas quem mais se parece com o candidato ao Congresso e irmão de Peter é Míssil, dos X-Men. Heróis políticos também não são novidade: o Homem-de-Ferro já foi Secretário de Defesa, o Arqueiro Verde é prefeito, e por aí vai.

Isaac Mendez: De novo, X-Men: a personagem Sina pode prever o futuro. Mas fazer isso drogado e pintando quadros, é só com Isaac.

Matt Parkman: O policial lê pensamentos, assim como o Professor Xavier, líder dos, exatamente, X-Men. A primeira aluna de Xavier, Jean Grey, e dezenas de outros personagens fazem o mesmo.

Mohinder Suresh: O geneticista indiano não tem poderes (a menos que chatice seja superpoder), mas lembra a Dra. Moira McTarget, cientista que estuda os mutantes nas histórias dos...

Mr. Bennet: O pai de Claire chefia uma organização que monitora os indivíduos com poderes (ele não possui). Não é exagero compara-lo a Nick Fury, líder da agência de espionagem Shield, que aparece em várias histórias da Marvel.

Sylar: O vilão da série também absorve poderes, mas faz isso matando as pessoas. Na hq Rising Stars, o Patriota segue essa cartilha. Fora isso, Sylar era relojoeiro, como o Dr Manhattan de Watchmen.

D. L. Hawkins: O marido de Nikki foge da cadeia graças a seu poder de atravessar objetos sólidos, como paredes. Kitty Pride também faz isso. Sim, ela é dos X-Men.

Micah Sanders: O filho de Nikki e D. L. “fala” com máquinas e as conserta facilmente. Lembra um pouco Forge, dos X-Men, que consegue construir e consertar qualquer aparelho.

Linderman: O mafioso que financia a campanha de Nathan tem um plano que lembra muito o de Ozymandias, personagem de Watchmen. Ele ainda tem uma assistente, Candice, que muda de aparência. Igual á Mística, inimiga dos (adivinhe) X-Men.

A segunda temporada de Heroes já começou nos EUA, e devem surgir novos personagens e comparações. Aqui no Brasil, a Rede Record está exibindo a primeira temporada, que também está disponível em dvd.

Jackson Good
Imagens: apocalipsedoporco.blogaliza.org/ (Heroes)
http://www.stahl.bau.tu-bs.de/~hildeb/watchmen (Watchmen
www.pcforum.com.br/.../YaBB.cgi?num=1140185934 (X-Men)

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

É o Halloween! É o Halloween!



Um lugar obscuro, parecendo que tudo à volta faz parte de um grande cemitério. Criaturas estranhas e assustadoras, como vampiros, bruxas, fantasmas, e... Uma caveira de smocking?
Tudo isso se transformando em algo fantástico e, por que não, belo.
Assim é O Estranho Mundo de Jack, de Tim Burton, de 1993, inspirado em um poema homônimo, do próprio. Foi o primeiro longa-metragem a ser feito totalmente em animação stop-motion (as figuras de cera eram fotografadas várias vezes para que sejam animadas).
Trata-se da história de Jack Skellington, considerado o Rei do Horror pelos habitantes da estranha (e simpática) Cidade do Halloween. Mas Jack não se sente mais feliz em ocupar 364 dias do ano com novas maneiras de assustar as pessoas na noite das bruxas, e sente que precisa de algo diferente.
É aí então que ele acidentalmente vai parar em um lugar coberto de neve, cheio de belas luzes, onde as pessoas enfeitam árvores e se presenteiam, enquanto as crianças sorriem e brincam felizes, e o ar tem sempre cheiro de torta de maçã e biscoitos recém-assados.
A surpresa de Jack é ainda maior ao ver que todos ali respeitam e gostam de um senhor gordo e barbudo que sempre veste vermelho. Ele descobre que aquele é o Papai Noel e que está na Cidade do Natal.
Jack decide fazer uma troca: naquele ano, ele faria o Natal. Papai Noel que fizesse o Halloween. Mas Jack não entendeu direito o espírito do Natal, e a troca pode acabar não dando muito certo.
Como não poderia deixar de ser, o filme traz um horror-fofo, marca registrada de Tim Burton.
O Estranho Mundo de Jack é a pedida perfeita para a noite de hoje.

Um feliz Halloween para você, e como diria Elvira – A Rainha das Trevas: “péssimos sonhos, crianças!”

Camilla Lunas
“Ety”
Fotos: divulgação

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Here comes a new challenger !



A produtora de games Capcom anunciou recentemente um novo jogo da sua série mais famosa: Street Fighter. Apesar deste ser chamado de “Street Fighter IV”, existem mais de 20 jogos da franquia, entre séries paralelas e diferentes versões do mesmo lançamento.

A primeira edição foi lançada em 1987, apenas para os fliperamas. A história era bem simples: o personagem Ryu rodava o mundo a procura de lutadores fortes, para desafia-los e provar que era o melhor. Outro que podia ser controlado era Ken, melhor amigo e eterno rival de Ryu.

No entanto, o game virou lenda com a seqüência “Street Fighter II – The World Warrior”, de 1991. Ao longo dos anos seguintes, a Capcom lançou várias versões deste jogo, adicionando novos golpes e personagens. Entre eles, a chinesa Chun Li, o brasileiro Blanka e o grande vilão Bison, líder da maléfica organização Shadaloo e pretenso conquistador do mundo.

Street Fighter II marcou época nos consoles Super Nintendo e Mega Drive, sendo até hoje cultuado como o maior clássico dos games de luta. A importância da série dentro do segmento é enorme: além de ter os personagens mais conhecidos, ela introduziu golpes que foram copiados por praticamente todos os jogos que vieram depois. Hadouken (bola de fogo), Shoryuken (soco para cima) e Tatsumaki Senpuu Kyaku (chute giratório) são os principais.

A série também apareceu fora dos videogames, em desenhos animados e um filme, de 1994. Este, contudo, os fãs preferem nem lembrar. O protagonista é Guile (no jogo ele é um dos menos apreciados), interpretado por Jean-Claude Van Damme. Raul Julia faz um Bison depois da gripe, e o pior: Ryu e Ken mal aparecem.

Hoje os fãs lembram do jogo com saudosismo e bom humor. Vários sites e comunidades do Orkut são dedicados a Street Fighter e “pérolas” relacionadas a ele. Grande parte da diversão era graças ao som ruim: os nomes dos golpes eram quase sempre incompreensíveis. O Tiger Uppercut, do personagem Sagat, é chamado pelos fãs de “Tiger Robocop”(!). Mas o campeão de interpretações é o Tatsumaki Senpuu Kyaku. Confira aqui.

Nos últimos anos, Street Fighter ganhou edições para videogames mais modernos. Embora não tão amados quanto os antigos, esses jogos mantiveram a série viva. Agora é esperar que Street Fighter IV (veja um teaser) esteja á altura deste clássico lendário.

Jackson Good

Imagens: vampireinchains.tripod.com/id17.html (desenho)
games.shizzle.be/2006/06/01 (jogo)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Death Note: mistérios sobrenaturais em um thriler policial

Um shinigami (deus da morte) deixa cair seu caderno no mundo humano. Um gênio entediado o encontra. E, ao abri-lo, descobre que tem em mãos o poder de matar aquele cujo nome escrever no misterioso achado.
Raito Yagami, estudante de 17 anos, decide usar este poder para julgar os criminosos. Não tarda até que a polícia internacional desconfie que haja uma estranha ligação entre as mortes ocorridas. Eis que entra em cena aquele que é considerado o melhor detetive do mundo, conhecido apenas pelo codinome L. E não importa se os que estão sendo assassinados são criminosos. Para L, morte é morte, crime é crime, e o culpado deve ser punido. E por ver ali um grande desafio, resolve aceitar o caso, conhecido como “Caso Kira” (kira = killer = assassino).
Começa então um verdadeiro duelo de gênios entre Raito e L, um tentando provar ao outro quem realmente está do lado da justiça.
Este é o ponto de partida de Death Note, série criada por Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, que rendeu 37 episódios de animação, 12 mangás, 2 filmes live-action e mais um terceiro, dedicado a contar a história do misterioso personagem L.
A série é impregnada de referências religiosas. Desde sua trilha sonora, que inclui canto gregoriano antigo, até cenas que recriam imagens sacras famosas, como a Pietá, de Michelangelo. Uma das mais fortes, talvez, é quando L enxuga os pés de Raito, iluminados por um feixe de luz que entra por uma janela. A cena torna-se uma clara referência ao lava-pés da Bíblia, no caso, Jesus lavando os pés de Judas, aquele que o trairia.
Normalmente L é ligado a referências divinas, enquanto Raito é ligado a referências profanas.
Enquanto Raito é sempre representado pela cor vermelha, L é sempre representado pela cor azul.
Raito é considerado o jovem perfeito: o primeiro colocado entre os estudantes do país, bem educado, boa aparência. E foi corrompido pelo poder em suas mãos, pela ideologia de criar um mundo perfeito, moldado pelo seu julgamento. Ele pode ser comparado à figura do anjo caído, Lúcifer, que se corrompeu com sua perfeição.
L é calmo, comedido, e se comporta de maneira considerada estranha pelas poucas pessoas à sua volta. O seu nome verdadeiro, Lion Lawliet (lê-se low-light), também sugere análise. A “low-light”, a luz amena, é a que todos buscam, a necessária para nos guiar. Lion torna-se uma referência ao Leão de Judá, um dos nomes por qual Deus é conhecido. Ambos são sempre representados como os perfeitos opostos.
Mas há momentos em que as idéias que se formam no decorrer da série são abaladas, e somos levados a repensar. Quem está realmente certo?
Esta dúvida nos é colocada por algumas vezes, principalmente pelo personagem Matsuda, um dos homens que auxiliam L na investigação. “Depois do surgimento de Kira, os crimes no Japão diminuíram consideravelmente. Não é que eu apóie Kira, mas são os fatos”, diz o jovem detetive.
Existem vários outros momentos em que Death Note faz com que paremos para pensar. A série faz, principalmente, com que olhemos dentro de nós mesmos e nos perguntemos: o que faríamos com um Caderno da Morte nas mãos? O mundo seria realmente melhor com a execução sumária de criminosos? E a quem caberia julgá-los?
Com clima dark e toneladas de referências ao sacro e ao profano, Death Note traz uma narrativa interessante, com personagens memoráveis. A animação perfeita carrega a assinatura do estúdio Madhouse (Trigun, Wolf’s Rain), conhecido por fazer em cada episódio animação digna de um especial para o cinema. E o final, como não poderia deixar de ser, é surpreendente e inusitado.
Sem dúvida alguma, Death Note é perfeito para quebrar paradigmas e mostrar que anime e mangá é sim coisa de gente grande.

Camilla Lunas
“Ety”
Imagens: Capa mangá - Divulgação JBC Editora
Diversas - Madhouse Studios

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Guerra Civil – Quando heróis lutam, quem é o vilão?


Foi-se o tempo em que super-heróis combatiam supervilões, com mocinhos e bandidos bem definidos. Na minissérie em sete edições Guerra Civil, os heróis Marvel lutam entre si em nome de seus ideais. Tudo começa quando um grupo de aventureiros inexperientes vai atrás de fugitivos superpoderosos, querendo aumentar a audiência do seu reality show. O resultado é uma explosão que devasta a cidade de Stamford, Connecticut, e deixa mais de 800 mortos.

A tragédia faz com que o Congresso Norte-Americano aprove a Lei de Registro de Super-Humanos. A partir de agora, as pessoas com superpoderes devem se registrar junto ao governo, revelando inclusive suas identidades secretas. Após receberem treinamento, passarão a agir com autorização, na qualidade de agentes federais.

Entre os heróis, as opiniões se dividem. Alguns acham isso necessário, já que os amadores não vão mais ameaçar inocentes. Outros consideram um passo muito perigoso, pois o governo pode interferir nas decisões dos justiceiros. É a Liberdade contra a Segurança Nacional. Em pouco tempo, dois grupos se formam e o conflito começa.

Liderando a facção pró-registro está o Homem-de-Ferro. Numa análise simplista, ele seria o “vilão” da trama, já que faz acordos com o governo e persegue outros heróis. Mas ele acredita que está agindo em nome da segurança da população (o que sempre foi o objetivo dos super-heróis). E essa posição não é nenhuma “traição” ao personagem, como se ele fosse transformado em vilão de uma hora pra outra. Como Tony Stark, sua identidade secreta, ele sempre foi um bilionário envolvido no mundo empresarial e político (foi até Secretário de Defesa dos EUA).

Outro protagonista é o Capitão América, símbolo patriótico do país. Muitos podem pensar que ele estaria do lado do governo. Pelo contrário. O Capitão é convocado a caçar seus colegas que não se registrarem. Sua resposta? Ele nocauteia os agentes federais e passa a liderar os heróis clandestinos. O velho soldado sempre lutou pela liberdade, desde a Segunda Guerra Mundial, e vai fazer isso até o fim. Fim que já é conhecido: há alguns meses, o destino do Capitão América foi destaque na imprensa mundial, conseqüentemente também na brasileira. A defasagem de um ano entre a publicação de Guerra Civil nos EUA e aqui acaba com as grandes surpresas.

Apesar disso, a Editora Panini vem fazendo um grande trabalho, principalmente com a divulgação da minissérie. Foi lançada em bancas uma edição do fictício jornal Clarim Diário (que nas histórias, é onde trabalha Peter Parker, o Homem-Aranha) promovendo a saga. Depois, um trailer e mais tarde um site completo apareceram.

Agora em novembro sai o número 5, mas ainda há tempo para buscar as edições anteriores e ficar por dentro da Guerra Civil. O universo dos super-heróis nunca foi tão real. Banalização da mídia, medo e medidas fascistas em nome da segurança? E depois ainda dizem que quadrinhos são coisa de criança.


Matéria: Jackson Good

Imagem: www.universomarvel.com/news/2006/02

sexta-feira, 5 de outubro de 2007


Começando a viagem...




Venha para o Lado Nerd da Força !




E que ela esteja com você.




Jack



Oeeee!!!!!!!!!!!


Começando a testar o blog ^^


Beijos


Ety ^^