quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Interferência editorial: o vilão mais terrível das hqs


Os fãs do Homem-Aranha que se preparem: o personagem passará por uma mudança polêmica. Quem acompanhou as notícias que têm circulado nos últimos meses sabe do que se trata: a saga One More Day, atualmente em publicação nos EUA. O texto a seguir contém SPOILERS e pode estragar surpresas.

Na história em 4 partes (das quais 3 já foram publicadas), Peter Parker precisa escolher entre a vida de sua tia May e as memórias de seu casamento com Mary Jane. Isso porque a velha foi baleada e os médicos não conseguem salvá-la.

Então Mefisto, o Senhor do Inferno no Universo Marvel, propõe o pacto. Ele salvaria May, mas Peter esqueceria de Mary Jane. Uma pequena parte do herói, contudo, lembraria que ele perdeu algo. Para Mefisto, a recompensa seria assistir o Aranha sofrer sem saber por que. Isso mesmo. Num mundo onde a ciência é avançadíssima, só um pacto com o diabo pode salvar a vida de uma idosa.

A história sem pé nem cabeça foi a forma encontrada pelo editor-chefe da Marvel Comics, Joe Quesada, para realizar uma vontade antiga: acabar com o casamento do Homem-Aranha. O manda-chuva da editora sempre declarou que o matrimônio “amarrava” o personagem. O herói solteiro ofereceria maior “liberdade criativa”.

Para os leitores, isso não tem o menor fundamento. Boas histórias dependem apenas do talento dos criadores, não do estado-civil dos personagens. A única coisa que não poderia ser feita com ele casado é um Peter Parker mulherengo, o que nunca foi característica dele.

Segundo Quesada, o divórcio seria ainda pior que o casamento. Outro agravante é que Mary Jane é adorada pela maioria dos leitores, sua morte seria muito mal recebida. Deixá-la viva seria então uma espécie de “seguro”: caso a mudança não agrade (o que fatalmente acontecerá), tudo voltaria a ser como antes, literalmente num passe de mágica.

O escritor da saga, J. M. Straczynski, declarou que não concorda com o final, e só não pediu para seu nome ser retirado dos créditos por profissionalismo. Não resta dúvida de que One More Day foi feita sob encomenda de Joe Quesada, que é também o desenhista da hq.

Meses antes da publicação, já circulavam boatos sobre One More Day que agora parecem se concretizar. A menos que na última parte haja uma virada, o que parece improvável. Para os leitores, o consolo é saber que nos quadrinhos nada é eterno, e a palavra Fim nunca significa que acabou.

Jackson Good

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Medo...


Cada vez mais a preocupação toma conta dos fãs de Dragon Ball Z. Há alguns anos, quando foi noticiada a intenção de que um live-action da série fosse produzido, muitos receberam a notícia com empolgação, já outros com certo ceticismo. E agora, no fim de 2007, a adaptação foi oficialmente confirmada.
Quem leva os guerreiros Z às telas e com atores de carne e osso é a 20th Century Fox – confirmando o que no início era boato. A cada dia surgem mais novidades, e não são muito animadoras. Primeiramente com a divulgação da chamada de casting. Ali, a descrição dos personagens dizia que Goku “não é considerado popular na escola, mas é um talentoso lutador de artes marciais”. Dizia ainda que Son Gohan, avô de Goku, foi morto por “Lord Piccolo”. A partir daí os fãs da série já começaram a sentir a diferença...
A divulgação dos contratados para o elenco só preocupou ainda mais. Goku, o herói –saiyajin, será vivido por Justin Chatwin (que interpretou o filho de Tom Cruise em Guerra dos Mundos), causando reclamação de muitos. Outro ator confirmado é James Marsters como Piccolo, além da sino-americana Jamie Chung, como a namorada/esposa de Goku, Chi Chi. Além deles, especula-se a escalação de James Kyson Lee (Yamcha) e da mexicana Camila Sodi (Bulma).
Tudo o que resta agora é esperar. E pedir muito à Kami Sama que o estrago não seja muito grande...


Camilla Lunas

"Ety"