quarta-feira, 31 de outubro de 2007

É o Halloween! É o Halloween!



Um lugar obscuro, parecendo que tudo à volta faz parte de um grande cemitério. Criaturas estranhas e assustadoras, como vampiros, bruxas, fantasmas, e... Uma caveira de smocking?
Tudo isso se transformando em algo fantástico e, por que não, belo.
Assim é O Estranho Mundo de Jack, de Tim Burton, de 1993, inspirado em um poema homônimo, do próprio. Foi o primeiro longa-metragem a ser feito totalmente em animação stop-motion (as figuras de cera eram fotografadas várias vezes para que sejam animadas).
Trata-se da história de Jack Skellington, considerado o Rei do Horror pelos habitantes da estranha (e simpática) Cidade do Halloween. Mas Jack não se sente mais feliz em ocupar 364 dias do ano com novas maneiras de assustar as pessoas na noite das bruxas, e sente que precisa de algo diferente.
É aí então que ele acidentalmente vai parar em um lugar coberto de neve, cheio de belas luzes, onde as pessoas enfeitam árvores e se presenteiam, enquanto as crianças sorriem e brincam felizes, e o ar tem sempre cheiro de torta de maçã e biscoitos recém-assados.
A surpresa de Jack é ainda maior ao ver que todos ali respeitam e gostam de um senhor gordo e barbudo que sempre veste vermelho. Ele descobre que aquele é o Papai Noel e que está na Cidade do Natal.
Jack decide fazer uma troca: naquele ano, ele faria o Natal. Papai Noel que fizesse o Halloween. Mas Jack não entendeu direito o espírito do Natal, e a troca pode acabar não dando muito certo.
Como não poderia deixar de ser, o filme traz um horror-fofo, marca registrada de Tim Burton.
O Estranho Mundo de Jack é a pedida perfeita para a noite de hoje.

Um feliz Halloween para você, e como diria Elvira – A Rainha das Trevas: “péssimos sonhos, crianças!”

Camilla Lunas
“Ety”
Fotos: divulgação

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Here comes a new challenger !



A produtora de games Capcom anunciou recentemente um novo jogo da sua série mais famosa: Street Fighter. Apesar deste ser chamado de “Street Fighter IV”, existem mais de 20 jogos da franquia, entre séries paralelas e diferentes versões do mesmo lançamento.

A primeira edição foi lançada em 1987, apenas para os fliperamas. A história era bem simples: o personagem Ryu rodava o mundo a procura de lutadores fortes, para desafia-los e provar que era o melhor. Outro que podia ser controlado era Ken, melhor amigo e eterno rival de Ryu.

No entanto, o game virou lenda com a seqüência “Street Fighter II – The World Warrior”, de 1991. Ao longo dos anos seguintes, a Capcom lançou várias versões deste jogo, adicionando novos golpes e personagens. Entre eles, a chinesa Chun Li, o brasileiro Blanka e o grande vilão Bison, líder da maléfica organização Shadaloo e pretenso conquistador do mundo.

Street Fighter II marcou época nos consoles Super Nintendo e Mega Drive, sendo até hoje cultuado como o maior clássico dos games de luta. A importância da série dentro do segmento é enorme: além de ter os personagens mais conhecidos, ela introduziu golpes que foram copiados por praticamente todos os jogos que vieram depois. Hadouken (bola de fogo), Shoryuken (soco para cima) e Tatsumaki Senpuu Kyaku (chute giratório) são os principais.

A série também apareceu fora dos videogames, em desenhos animados e um filme, de 1994. Este, contudo, os fãs preferem nem lembrar. O protagonista é Guile (no jogo ele é um dos menos apreciados), interpretado por Jean-Claude Van Damme. Raul Julia faz um Bison depois da gripe, e o pior: Ryu e Ken mal aparecem.

Hoje os fãs lembram do jogo com saudosismo e bom humor. Vários sites e comunidades do Orkut são dedicados a Street Fighter e “pérolas” relacionadas a ele. Grande parte da diversão era graças ao som ruim: os nomes dos golpes eram quase sempre incompreensíveis. O Tiger Uppercut, do personagem Sagat, é chamado pelos fãs de “Tiger Robocop”(!). Mas o campeão de interpretações é o Tatsumaki Senpuu Kyaku. Confira aqui.

Nos últimos anos, Street Fighter ganhou edições para videogames mais modernos. Embora não tão amados quanto os antigos, esses jogos mantiveram a série viva. Agora é esperar que Street Fighter IV (veja um teaser) esteja á altura deste clássico lendário.

Jackson Good

Imagens: vampireinchains.tripod.com/id17.html (desenho)
games.shizzle.be/2006/06/01 (jogo)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Death Note: mistérios sobrenaturais em um thriler policial

Um shinigami (deus da morte) deixa cair seu caderno no mundo humano. Um gênio entediado o encontra. E, ao abri-lo, descobre que tem em mãos o poder de matar aquele cujo nome escrever no misterioso achado.
Raito Yagami, estudante de 17 anos, decide usar este poder para julgar os criminosos. Não tarda até que a polícia internacional desconfie que haja uma estranha ligação entre as mortes ocorridas. Eis que entra em cena aquele que é considerado o melhor detetive do mundo, conhecido apenas pelo codinome L. E não importa se os que estão sendo assassinados são criminosos. Para L, morte é morte, crime é crime, e o culpado deve ser punido. E por ver ali um grande desafio, resolve aceitar o caso, conhecido como “Caso Kira” (kira = killer = assassino).
Começa então um verdadeiro duelo de gênios entre Raito e L, um tentando provar ao outro quem realmente está do lado da justiça.
Este é o ponto de partida de Death Note, série criada por Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, que rendeu 37 episódios de animação, 12 mangás, 2 filmes live-action e mais um terceiro, dedicado a contar a história do misterioso personagem L.
A série é impregnada de referências religiosas. Desde sua trilha sonora, que inclui canto gregoriano antigo, até cenas que recriam imagens sacras famosas, como a Pietá, de Michelangelo. Uma das mais fortes, talvez, é quando L enxuga os pés de Raito, iluminados por um feixe de luz que entra por uma janela. A cena torna-se uma clara referência ao lava-pés da Bíblia, no caso, Jesus lavando os pés de Judas, aquele que o trairia.
Normalmente L é ligado a referências divinas, enquanto Raito é ligado a referências profanas.
Enquanto Raito é sempre representado pela cor vermelha, L é sempre representado pela cor azul.
Raito é considerado o jovem perfeito: o primeiro colocado entre os estudantes do país, bem educado, boa aparência. E foi corrompido pelo poder em suas mãos, pela ideologia de criar um mundo perfeito, moldado pelo seu julgamento. Ele pode ser comparado à figura do anjo caído, Lúcifer, que se corrompeu com sua perfeição.
L é calmo, comedido, e se comporta de maneira considerada estranha pelas poucas pessoas à sua volta. O seu nome verdadeiro, Lion Lawliet (lê-se low-light), também sugere análise. A “low-light”, a luz amena, é a que todos buscam, a necessária para nos guiar. Lion torna-se uma referência ao Leão de Judá, um dos nomes por qual Deus é conhecido. Ambos são sempre representados como os perfeitos opostos.
Mas há momentos em que as idéias que se formam no decorrer da série são abaladas, e somos levados a repensar. Quem está realmente certo?
Esta dúvida nos é colocada por algumas vezes, principalmente pelo personagem Matsuda, um dos homens que auxiliam L na investigação. “Depois do surgimento de Kira, os crimes no Japão diminuíram consideravelmente. Não é que eu apóie Kira, mas são os fatos”, diz o jovem detetive.
Existem vários outros momentos em que Death Note faz com que paremos para pensar. A série faz, principalmente, com que olhemos dentro de nós mesmos e nos perguntemos: o que faríamos com um Caderno da Morte nas mãos? O mundo seria realmente melhor com a execução sumária de criminosos? E a quem caberia julgá-los?
Com clima dark e toneladas de referências ao sacro e ao profano, Death Note traz uma narrativa interessante, com personagens memoráveis. A animação perfeita carrega a assinatura do estúdio Madhouse (Trigun, Wolf’s Rain), conhecido por fazer em cada episódio animação digna de um especial para o cinema. E o final, como não poderia deixar de ser, é surpreendente e inusitado.
Sem dúvida alguma, Death Note é perfeito para quebrar paradigmas e mostrar que anime e mangá é sim coisa de gente grande.

Camilla Lunas
“Ety”
Imagens: Capa mangá - Divulgação JBC Editora
Diversas - Madhouse Studios

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Guerra Civil – Quando heróis lutam, quem é o vilão?


Foi-se o tempo em que super-heróis combatiam supervilões, com mocinhos e bandidos bem definidos. Na minissérie em sete edições Guerra Civil, os heróis Marvel lutam entre si em nome de seus ideais. Tudo começa quando um grupo de aventureiros inexperientes vai atrás de fugitivos superpoderosos, querendo aumentar a audiência do seu reality show. O resultado é uma explosão que devasta a cidade de Stamford, Connecticut, e deixa mais de 800 mortos.

A tragédia faz com que o Congresso Norte-Americano aprove a Lei de Registro de Super-Humanos. A partir de agora, as pessoas com superpoderes devem se registrar junto ao governo, revelando inclusive suas identidades secretas. Após receberem treinamento, passarão a agir com autorização, na qualidade de agentes federais.

Entre os heróis, as opiniões se dividem. Alguns acham isso necessário, já que os amadores não vão mais ameaçar inocentes. Outros consideram um passo muito perigoso, pois o governo pode interferir nas decisões dos justiceiros. É a Liberdade contra a Segurança Nacional. Em pouco tempo, dois grupos se formam e o conflito começa.

Liderando a facção pró-registro está o Homem-de-Ferro. Numa análise simplista, ele seria o “vilão” da trama, já que faz acordos com o governo e persegue outros heróis. Mas ele acredita que está agindo em nome da segurança da população (o que sempre foi o objetivo dos super-heróis). E essa posição não é nenhuma “traição” ao personagem, como se ele fosse transformado em vilão de uma hora pra outra. Como Tony Stark, sua identidade secreta, ele sempre foi um bilionário envolvido no mundo empresarial e político (foi até Secretário de Defesa dos EUA).

Outro protagonista é o Capitão América, símbolo patriótico do país. Muitos podem pensar que ele estaria do lado do governo. Pelo contrário. O Capitão é convocado a caçar seus colegas que não se registrarem. Sua resposta? Ele nocauteia os agentes federais e passa a liderar os heróis clandestinos. O velho soldado sempre lutou pela liberdade, desde a Segunda Guerra Mundial, e vai fazer isso até o fim. Fim que já é conhecido: há alguns meses, o destino do Capitão América foi destaque na imprensa mundial, conseqüentemente também na brasileira. A defasagem de um ano entre a publicação de Guerra Civil nos EUA e aqui acaba com as grandes surpresas.

Apesar disso, a Editora Panini vem fazendo um grande trabalho, principalmente com a divulgação da minissérie. Foi lançada em bancas uma edição do fictício jornal Clarim Diário (que nas histórias, é onde trabalha Peter Parker, o Homem-Aranha) promovendo a saga. Depois, um trailer e mais tarde um site completo apareceram.

Agora em novembro sai o número 5, mas ainda há tempo para buscar as edições anteriores e ficar por dentro da Guerra Civil. O universo dos super-heróis nunca foi tão real. Banalização da mídia, medo e medidas fascistas em nome da segurança? E depois ainda dizem que quadrinhos são coisa de criança.


Matéria: Jackson Good

Imagem: www.universomarvel.com/news/2006/02

sexta-feira, 5 de outubro de 2007


Começando a viagem...




Venha para o Lado Nerd da Força !




E que ela esteja com você.




Jack



Oeeee!!!!!!!!!!!


Começando a testar o blog ^^


Beijos


Ety ^^